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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Poulaines X Botas Cowboys Mexicanas


SIM NÓS TEMOS POULAINES


   E com guizos para tilintar.  Pantufas amuletos.




...E  OS  MEXICANOS  FAZEM   UM  MIX 

            MEDIEVAL  X   COWBOY

                  PARA  COMPETIR  E  DANÇAR

Pointy pointy-toe boots

  Jovem mexicano com botas cowboys e calças skinny.         

A imagem do jovem mexicano atual com botas cowboys personalizadas revela similaridades com as poulaines medievais.           


Servants at dinner of chatelaine, or lady of manor with trumpeters in gallery, from Roman of Reynaud de Montauban, 15th century, French (4069-425 / aa334271 © Art Archive, The) Servos no jantar da castelã  ou senhora da mansão com trompetistas na galeria,
               de Roman de Reynaud de Montauban, século XV, França.
                   http://www.superstock.com/stock-photos-images/4069-425

"Poulaines" era um estilo popular de calçados masculinos na Idade Média com pontas que podiam alcançar até 24 centímetros de comprimento.

A ponta das poulaines às vezes eram pintadas em tons de pele, guizos eram adicionados o que, poderia significar talvez, encantamento ou convite sexual.                              

É raro encontrar exemplos de revivals históricos semelhantes na moda masculina à moda feminina.

Embora as mudanças rápidas do vestuário feminino recicle alguns traços insignificantes da moda, a moda masculina peca pela precaução.

Porém talvez possamos aprender sobre uma "micro-tendência" iniciada em 2011 em Matehuala, México.

Jovens mexicanos usam botas cowboys decorativas  com pontas extremamente longas e pontiagudas para danças e competições.

 Esta história foi relatada amplamente na mídia do Reino Unido e on-line. O "The Guardian" apresentou um ensaio fotográfico com slideshow dos calçados.

http://www.dailymail.co.uk/femail/article-1387604/How-Mexican-men-embraced-bizarre-trend-pointed-footwear.html 

Apesar de toda a atenção e zombaria da mídia, a semelhança desses calçados hiperbólicos contemporâneos com os poulaines da Europa Medieval passou despercebida, exceto pela referência aos "sapatos de palhaço."

http://www.guardian.co.uk/lifeandstyle/gallery/2011/may/16/pointy-boots-craze-matehuala-mexico

Estes sapatos se assemelham tanto esteticamente quanto ideologicamente, em certa medida, aos poulaines  ou krackowes que foram ostentados em grande parte por homens elegantes ingleses no século XV.

Se pode comparar as criativas personalizações das botas cowboys mexicanas: couro metálico roxo incrustado com cristais Swarovski pretos .... com as poulaines européias ou scape medievale...

http://champagnemanagement.com/articles/2011/03/15/medieval-masculinity-poulaines/

O vídeo abaixo dá uma visão geral e concisa da tendência e suas ligações com a música e modas de dança, apresenta entrevistas com os usuários e fabricantes das peças.

Há exemplos fantásticos dos sapatos e oportunidades de vê-los em movimento nas competições de dança e em clubes.

                            http://www.youtube.com/watch?v=CEiMA3QtYWc

Como as poulaines medievais se movimentavam nos salões de banquetes  e festas da corte?


  No século XV e nos anos 2000, o comprimento e a forma destes sapatos era sinal de virilidade masculina, e em ambos os momentos, os sapatos são usados com calças leggings
( malha medieval x jeans skinny) o que valoriza o comprimento das pontas das botas.

 
É fascinante não apenas o vínculo com a história, mas também o surgimento e a difusão de uma tendência relativamente obscura que só é  possível graças à Internet.

Pode-se falar em sugestão fálica dos sapatos que era realçada enchendo-se as longas pontas com crina de cavalo ou musgo, para mantê-los firmes.
Podemos presumir que as poulaines medievais sejam os antecedentes históricos das exóticas Botas Cowboys usados ​​pelos jovens mexicanos de hoje?

Pointiest pointy-toe bootsCrazy pointy-toe boots                                                                                       
                                                                                                             
As botas podem ficar ainda mais pontudas algumas podem medir até cinco metros de comprimento e existem competições para determinar quais as mais longas, pontudas ou provocantes.


Fotos de jovens Matehualans de Edith Valle

http://www.wornthrough.com/2011/05/19/exaggerated-mexican-pointed-toe-cowboy-boots-a-medieval-menswear-revival/

sábado, 5 de maio de 2012

MASCULINIDADE X POULAINES

                                                


                                     SAPATOS     SIMBÓLICOS




                                      www.museumoflondon.org.uk/


No século XIII os homens começaram a usar sapatos de bico longos chamados pigaches ou poulaines.

 O estilo se tornou um sucesso instantâneo e a moda durou mais de trezentos anos antes de ter sido proibida.

Durante este tempo, as extensões foram ficando cada vez maiores até serem tão longas que caminhar se tornou quase impossível.

Os jovens enchiam com lã ou musgo as pontas para mantê-las eretas. Tão claramente fálico e longo, logo o estilo incluiu acessórios como uma corrente até o joelho  para fixar as pontas e evitar tropeçar.

A vulgaridade popular era pintar de cor carne  as pontas, e batê-las para cima e para baixo como um pênis real. As atuais salas de fetiche exibem variedade de sapatos datados a partir da antiga cultura normanda de identificação do sapato com o pênis.

Pode-se dizer que no século XIV, os sapatos masculinos se tornaram o símbolo para o pênis.

A aparência do sapato poulaine era talvez menos por acaso e mais a ver com uma crença corrente na época da adoração do falo, de proezas sexuais e também  para as potencialidades do pênis do usuário.


                                                 
                                               http://watlikeselectro.tumblr.com/

Image

                     http://mariakorovilassourcebook.blogspot.com.br/2009_04_01_archive.html


                           http://hemaalliance.com/discussion/viewtopic.php?f=4&t=2001


Guizos pequenos eram muitas vezes colocados na extremidade da poulaine para indicar disponibilidade sexual. Outros acessórios podiam ser tufos de lã ou pompons para estimular a parceira por  baixo da mesa, o que se tornou um passatempo popular.

 Às vezes usado enfaixando os dedos dos pés, o poulaine foi o precursor do tapa-sexo, o qual passou a sinalizar o pênis em uma exposição formal. 

A partir da exagerada representação do pénis em sua forma simbólica, surge o fetiche.
O sapato se torna um pênis ou exibe as potencialidades do pênis do usuário do sapato. Isso pode explicar as excentricidades da glorificada sexualidade masculina de uma forma mais óbvia.

 Os homens ficavam nas esquinas balançando seus pés sugestivamente para as moças que passavam. O fetiche do titilator solitário que mais tarde evolui de um simples anúncio para uma intenção manifesta direta.

Hoje podemos ficar chocados com a ousadia de poulaines mas a Igreja Romana foi consciente da sua importância. Para registrar o seu choque com a obscenidade ostensiva e irreverente do hábito, a Igreja tentou impedir os homens de usá-las.

 Inicialmente, eles foram condenados porque fisicamente os poulaines impediam os homens à oração. Na verdade, enquanto o comprimento do sapato foi apontado como a causa pode ter a ver com a forma como os homens os usavam  firmemente atado aos joelhos. Com tanta força os atavam que  não podiam ajoelhar-se, sem danificar suas leggings. Então estes sapatos foram marcados como maldição de Satanás.


Os professores universitários foram  os primeiros a serem proibidos de usá-los no século XIII.
O clero, então, declarou a Peste Negra (1347) como uma vingança de Deus para a poulaine.
No entanto, o estilo prevaleceu, tornando-se um fetiche, de modo que os sapatos ainda hoje são um substituto, por vezes, para a coisa real.

O comprimento dos sapatos foi mais tarde legislado, mas não por causa da fé ou falta dela, mas em função do status social.

Entre 1327 e 1377, durante o reinado de Eduardo III (1312-1377)  poulaines foram proibidos a todos os que não tinham uma renda de pelo menos quarenta libras por ano.




Privilégio e Moda

Um príncipe poderia usar os sapatos na medida que desejasse,

para um simples plebeu  as pontas não poderiam ter mais de seis centímetros de comprimento ,

para um proprietário de terras (burguês) doze polegadas,

para cavaleiros, um metros e meio,

e para uma barão, vinte e quatro polegadas.

O fim da poulaine foi anunciada por dois episódios:

O primeiro envolveu a morte do duque Leopoldo II da Áustria, que morreu porque seus longos sapatos pontiagudos impediram-no de fugir de seus assassinos.

O segundo foi que Carlos VIII tinha polydactylism ou seis dedos em cada pé, impossível usar polaines. Então a exigência de sapatos de bico quadrado, a nova "moda".

As mulheres do século XV começaram a usar poulaines mas a moda foi de curta duração.
Muitas delas foram perseguidas como bruxas, por usarem roupas incomuns, travestindo-se, e a maneira de usar sapatos de homem ou poulaines foi o suficiente para associá-las à medo e culpa.


ttp://www.kamalounge.in/ift/articles/article.asp?artid=1239&cat_id=24&adult=0

quarta-feira, 2 de maio de 2012

"POULAINES" : DE PERNAS PARA O AR !


"DE PERNAS  PARA  O AR!"


Eunice encomendou "polaines" em feltro artesanal, ao entregá-las, tirei esta foto no Brique do último sábado de abril.
Na verdade ela as usará como pantufas, em casa.




"Polaines" são os sapatos pontudos usados na Idade Média que foram minha inspiração para criar estas e as outras peças. 
A técnica é a feltragem manual, felting, ou filzen  "moldando" a lã em uma peça inteira, sem costura.




Eunice literalmente de "pernas para o ar".
Aproveitando a vida!


Peça com lã crioula, raça ovina autóctone do Estado do Rio Grande do Sul, descende dos primeiros rebanhos trazidos por jesuítas espanhóis e cruzados com os rebanhos trazidos pelos primeiros colonizadores portugueses no século XVII.
Foi minha primeira peça inspirada nas "poulaines."

                                                        Coleção Inverno 2012




A história das poulaines na Europa Medieval ...

                                            Poulaines usadas na Borgonha, 1470


Crakows ou crackowes foi um estilo de sapatos com pontas extremamente longas muito popular no século 15.
Foram chamados assim porque o estilo pode ter origem em Cracóvia, a capital da Polônia. 
Começaram no final do século 14 e saiu de moda depois de 1480-90. Eram usados ​​por homens e mulheres, mas os masculinos eram os mais extravagantes.

 
Às vezes, na ponta da  "poulaine"  era necessário o apoio de uma barbatana de baleia ou uma corda amarrada a perna (abaixo do joelho) para seguraar a ponta ao andar. Modelos da
 Londres medieval tem as pontas recheado com musgo. Plataformas de tamancos ou sandálias eram geralmente usadas embaixo. 

O Preço da vaidadeO Papa e o rei Henrique IV de Inglaterra tentram acabar com esta prática.
O historiador John Stow escreveu no final do século 16 que:
 
" Em Distar Lane, se localizava a associação de  oficinas de  Cordwainer (Shoemaker), no ano do reinado de Henrique IV.
 Desses Cordwainers, eu li, que, desde  Richard II   pelo seu exemplo os ingleses usaram sapatos pontudos, presos aos joelhos, com cordões de seda ou correntes de prata ou dourada.

 No reinado de Edward IV foi ordenado e proclamado, que pontas nas extremidades de sapatos e botas, não deveriam passar do comprimento de duas polegadas, (5cm) sob pena de maldição pelo clero e pelo parlamento para pagar 20 xelins para cada par.
 E  qualquer homem ou mulher que as usasse no domingo, dia de descanso, deveria pagar 30 xelins."
 

Poulaine do sapateiro de Archeon

Em 1475, a moda estava em seu auge.
Leis tentaram definir o comprimento dos sapatos  por classe. À nobreza seriam permitidos dois metros de comprimentos, comerciantes e camponeses a permissão era restrita à metade.

Na Batalha de Nicópolis em 1396, os cruzados franceses foram forçados a cortar as pontas de seus poulaines, a fim de serem capaz de fugir.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

DE ONDE VEM MINHA INSPIRAÇÃO ?

  Minha inspiração vem da espetacular formação geológica    
                da criação da terra   
      

                   
              http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u724503.shtml


           e a comparo com

                  feltrar e  viver em harmonia com a natureza.



Refletir sobre minha inspiração e "sentir" ( I felt ou eu sinto, eu feltro em inglês...)  acredito, sei que faço os mesmos gestos milenares desta técnica ancestral,
que minhas mãos e meu corpo repetem e repetem transformando a lã 

                                                         movimento e transformação.

E não sei o que é dela ou meu para aprisionar a ALQUIMIA que dá forma à este material atemporal e desde sempre constantemente renovado,

o FELTRO.

Acredito que a arte de feltrar é fonte de fé, de pensar, de amor e paz entre as pessoas.

 Pela arte nos tornamos capazes de encontrar nossa paz interior.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

BORBOLETAS NO ASFALTO - PORTO ALEGRE

                         Borboletas brancas pintadas no asfalto.

                       PINTURA  BRANCA  NO  ASFALTO  PRETO

 
 
          
     Primeiro reparei na encantadora fila de bicicletas, só depois  vi a borboleta.

     Entendi o sinal. Meu coração se apertou.

      Arte Macabra : borboletas brancas sinalizam: a morte passou aqui.



Ali, aqui, lá, de novo e mais outra vez. Morte assim, tão banal. Banal? Não.

Borboletas Brancas são sinais deixados por alguém que passou ... agora a borboleta acompanhada de bicicletas está presa no asfalto da Cidade Baixa.

Borboletas Brancas voaram ali na esquina ou no meio da rua onde agora  caminho.

 É triste, ainda não aprendenos como não matar e não morrer de modo tão estúpido.

                                    
                               Borboletas Brancas são  símbolos do projeto 

    "BORBOLETAS PELA VIDA"     Vida Urgente 

                             Fundação Thiago de Moraes Gonzaga.

A meta é alertar sobre a gravidade e horror dos acidentes de trânsito,  nas rua ou avenidas  onde passamos  onde vidas são perdidas.


Borboletas foram e infelizmente continuam a serem pintadas em esquinas, cruzamentos, pontes, avenidas, estradas e ruas em diversas cidades do estado do Rio Grande do Sul.

Somente em Porto Alegre, até esta data, com o apoio da EPTC,  100 borboletas brancas foram pintadas nas principais ruas e avenidas.

São 100 vidas perdidas nas ruas da cidade, as borboletas coladas no asfalto estão lá para nos lembrar.


"A  primeira borboleta pintada foi  no local onde o Jovem Thiago foi borboletear".
Usamos o verbo "borboletear" como significado de ir passear livre alegre e solto... como uma borboleta..." leia mais...

            http://www.vidaurgente.com.br/noticias.asp?area=2&id=50&item=13


 

segunda-feira, 26 de março de 2012

PÚBLICO E PRIVADO LIÇÃO GREGA NA ESQUINA


Na esquina onde passo todo o dia está o
                                                         STUDIO  CLIO
                                             Instituto de Arte & Humanismo


 Neste outono as aberturas estão cobertas com painéis sobre a  viagem à Grécia, ClioTur 201- Grécia- ao encontro de Dioniso.
 Fotografias e comentários de Francisco Marshall, o coração do Studio Clio.
As atividades são lições deliciosas, como os banquetes ou almoços regados a cultura e gastronomia impecável.
Aí o link, veja mais...
http://www.studioclio.com.br/institucional/historico

As imagens são tão irresistíveis que é preciso compartilhar.


A Rosa dos Ventos na calçada da esquina da casa, está atravessada por uma seta que aponta diretamente para Delfos. A paixão pela Grécia começa aqui.
A direção está aos seus pés, simples assim.


                             Nos painéis explodem em cores mosaicos e templos gregos.







Tigre de Dioniso
Tigres e panteras são símbolos de Dioniso (Baco). O tigre olha para o alto. O mundo selvagem é domado pela vitalidade inebriante de Dioniso.
Fransisco Marshall


(Detalhe)



(Detalhe)

A vizinhança sequer percebe quando acontece shows ou concertos no Studio Clio, o isolamento acústico perfeito é uma lição de cidadania. Considera o espaço público e o privado como limites naturais do bom convívio, de pessoas civilizadas.
É motivo de satisfação e muita alegria poder contar com um espaço assim tão especial. 
Escolha uma atividade e bom proveito!
Viva Porto Alegre.
Parabéns Studio Clio.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

RENDA COM LÃ & CINTOS


A renda foi um tecido extravagante e caro, por ser feito à mão em seda, algodão ou linho.
Também em fios metálicos como ouro, prata, cobre ou em cabelo humano.

 Mulheres europeias teciam seus cabelos como um presente especial em um laço chamado "laço de cabelo".

 Rendas de bilros e de agulhas foram mais usadas nos finais dos anos de 1500.

A renda mais antiga é a forma de fazer rede, as redes mais antigas datam de 2500 a.C.
Hoje a renda é acessível, feita em máquinas que imitam o trabalho manual.
Rendas feitas à mão são ainda feitas em todo o mundo,o comércio dos fios movimenta milhões.

Site de museus da renda na Croácia e nos EUA :
http://www.easyvoyage.co.uk/croatia/pag-lace-846/lacemaker-pag-island-croatia
http://thelacemuseum.org/


                                                             Rendas e feltro

        Renda industrial com feltragem manual. Tecnologia e manualidades.




         Manter o plexo silíaco aquecido (frente) e os rins  (atrás) é fundamental para se manter saudável.
 Cintos de feltro protegem os rins e o plexo silíaco.
                                     





                                                     
                                                                            Blusa

                                                                          Casaco