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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

FELT UNITED 2012 : DIA INTERNACIONAL DO FELTRO

 6 de outubro, sábado  2012 
               
             tema  proposto:

                            FOGO
   
                                      quarta edição

                  DIA  INTERNACIONAL  DO FELTRO


A  morte do sol -  meditação sobre o fogo.

Para celebrar pela quarta vez o Dia Internacional do Feltro,

exposições e eventos sobre o tema ao redor do planeta.

Artistas unidas pela feltragem, 

                               "WE FELT UNITED"
 
As fotos já estão no Facebook!

Depois irão para publicação e/ou vídeo.

                     FELIZ DIA DO FELTRO 2012!

Minha participação no FELT UNITED DAY 2012 :

Inspiração: "Botas de fogo e coração ardente."

                       "Botas de fogo para caminhar no sol."


                               
                     
                                 "Coração ardente e flamejante."


             Um coração generoso é fonte de prosperidade...

Viva a lã com suas qualidades espetaculares de saúde, conforto, beleza e bem estar.

E por sustentabilidade, equilíbrio ecológico, economia local / global, fisioterapêutica, aconchego artístico e muito mais...

Use lã, use fibras naturais. Sua saúde agradecerá.
                         http://www.feltunited.com/
                                    http://www.facebook.com/groups/wefeltunited/
 

sábado, 22 de setembro de 2012

YURT ARTE DE CONSTRUÇÃO


FELTRO    -   O   NOVO  DE   3500  ANOS 
    
A mítica da lã tem segredos
               que pressentimos,  
                           intuimos, 
                                     presumimos ... alguns nos escapam,
                                                  outros  nos  ajudam a viver.

                                               
                        Cordeiro de Deus   "Agnus Dei"  

 Emociona o "Agnus Dei" do espanhol Francisco de Zubaram ( 1598- 1664).

Francisco de Zurbaran (1598-1664), "Agnus Dei" (1635-40) ,Canvas 38 x 62 cm. Museo Nacional del Prado, Madrid.

O Cordeiro de Deus aguarda seu destino.

Aceita-o e se sacrifica. Assim como a cabra, o cordeiro é um animal sacrificial. 

O sacrifício ritualiza pedidos ou trocas com os deuses.

Nos vem a consciência de que intuimos
                              a relação entre a paisagem, o animal  e a lã.
 

Combinação entre mineral, vegetal e animal. 
                                        Integrado, faz parte do planeta assim,  tão natural.

Feltrar é resgatar esta arte ancestral.

Intrigados tocamos, cheiramos, buscamos "sentir" a lã,
 o que procuraramos ... sentir de novo algo esquecido ou conhecer este novo ancestral?

Feltrar,  transformação da lã que encanta e surpreende.

Lã, água, sabão, fricção e... Feltro! 

Toda a vez que feltro me surpreendo. O inesperado está lá.

Mãos mostram o caminho percorrido de quem a fez: principiante ou expert. 

A resposta de Picasso  sobre o valor de uma obra realizada em minutos:

" Mas o senhor levou apenas alguns minutos para fazer meu retrato!
 Não, levei minha vida inteira para fazê-lo."

Refinamento, intuição, criatividade. Onde se esconde a ligação manualidade / arte?

Importa qual delas é a escolhida?  
Cada uma delas tem algo indescritível.
Talvez seja a sua arte que tenha escolhido você.
E não você quem a escolheu...



YURT MONGOL

Existem dois tipos de yurts -  o yurt mongol e o yurt turcoas milenares tendas circulares usadas tradicionalmente pelos pastores nômades mongóis.

  http://www.rodsbot.com/?c=1178     

Possui uma estrutura interna de madeira, com parede raramente ultrapassando a altura de um homem e teto ligeiramente abobadado, possuindo apenas um cômodo.

 É coberta por feltro de lã geralmente brancos.

 A estrutura é de fácil montagem, fornecendo boa proteção contra o calor e o frio, e é carregada por pastores nômades em pequenas carruagens nas migrações em busca por melhores pastagens para seus rebanhos

A construção dos yurts, pelos pastores mongóis, arte compartilhadaa que preserva e continua a tradição milenar da feltragem.



Construção de "Palace Yurt" no JA Studio Centralia, Washington, 2008,
 para o Cooper- Hevitt Museum.
Vídeo de Paul Moore.



         

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A LÃ E SEUS BENEFÍCIOS


  
        LÃ,  o único material que naturalmente regula a
          temperatura corporal em qualquer tempo ou clima.


A ovelha (Ovis aries) que pode ser chamado no masculino por carneiro e quando pequeno como cordeiro, anho ou borrego, é um mamífero ruminante bovídeo da sub-família Caprinae, que também inclui a cabra.
A ovelha foi domesticada na Idade do Bronze a partir do muflão (Ovis orientalis), que vive atualmente nas montanhas da Turquia e Iraque.
                                                  http://pt.wikipedia.org/wiki/Ovelha


                   A lã faz parte das chamadas  tendências das coisas simples.


Amar a matéria-prima, natural e saudável. Querer o autêntico e intocado. Isto é o que faço. Como ontem, hoje e amanhã, assim. Como uma promessa.

Envolva-se em echarpes, guaiacas, mantas de lã suaves ou chapéus ou se recline em travesseiros feitos de lã. 

Todo verão na zona da campanha no Rio Grande do Sul se  renova  um ciclo que começou com os primeiros rebanhos trazidos pelos jesuítas espanhóis. 

O mesmo ciclo que se repete há quatro mil anos na história da humanidade.
 
 Ovelhas encantam e contribuem para o cuidado e manutenção da paisagem.


Na verdade, sua natureza inventou o cortador de grama perfeito, corta a grama com prazer em todos os lugares.

A ovelha é feliz ao se expor ao vento e mau tempo, o que se reflete em sua lã: seu caráter e tons de cor dependendo da estação.
E nós também nos adaptamos e nos trabalhamos nesse sentido.

A lã é importante por ser uma fibra que respira e fornece calor instantâneo ao contrário dos materiais sintéticos.

Auto regula a temperatura do corpo, é realmente quente no inverno e fresca no verão.
Protege contra chuva, vento, neve e é impermeável.

 As razões científicas para estas "milagrosas"  propriedades é que, em temperaturas frias a lã remove  a umidade da pele, e ao mesmo tempo armazena qualidades de isolamento seco e calor.

Em temperaturas quentes, as qualidades respiráveis  da ​​lã de isolar o ar e remover o excesso de calor e a umidade do corpo, auxilia o bem estar corporal.

Ainda é naturalmente resistente à água, repelindo a umidade do vapor através de suas fibras e torna-a resistente a fungos e mofo. 

O corpo permanece quente mesmo quando molhado, se você está vestindo meias de lã e ficar com os pés molhados, seus pés sentirão menos frio ou umidade.

Adicionado a isso, a estrutura original da lã não permitirá que o acúmulo de odores corporais impeça você de continuar usando suas meias durante dias a fio porque a lã repele odores e sujidade.

A lã, fibra  prática, fácil de limpar porque a sujeira fica na superfície da fibra, necessita pouca lavagem.

No século passado George Mallory escalou o Monte Everest em um paletó de tweed de lã, hoje, os participantes em esportes radicais, e pescadores, marinheiros, montanhistas e esquiadores usam peças de lã por seu calor, flexibilidade e resistência.

É a redescoberta de que a lã compete com as fibras sintéticas de alta tecnologia em roupas esportivas.

 A lã merino possui o mais alto desempenho para roupas interiores.

 A lã é um desafio para a sustentabilidade ( ovelhas não são criadas de forma intensiva). Lã cresce em cabras, ovelhas, lhamas e coelhos, ocorre naturalmente, é renovável ou seja, cresce rapidamente.

A lã é biodegradável no solo, liberando nutrientes importantes.

No entanto, um cobertor de lã de boa qualidade, irá durar por gerações.

A lã é também valioso produto do mercado da carne, e particularmente favorecido quando o rebanho é criado apenas para corte.

Cabras  são criadas para produzir a  lã cashmere, um produto valorizado que proporciona aos criadores rendimento adicional.

A lã seca rapidamente e é anti chamas. Usada na indústria aeronáutica e automobilística.

Naturalmente antialérgica, a lã não coleta a estática que atrai poeira e sujeira.
Portanto é indicada para pessoas com alergia à ácaros ou poeira.

Recomenda-se à pessoas que sofrem de asma e ou eczema utilizem edredons e travesseiros de lã.

 A lã equivale de 5 a 10% do valor total de uma ovelha. A maioria é tosquiada com cerca de 14 meses de idade e depois uma vez ao ano.


 Ovelhas criadas seletivamente para produzir um velo de  determinada espessura são tosadas no início do verão para evitar a insolação.

O carneiro selvagem não precisa ser tosado.




Sono reparador  e profundo

Uma cama muito quente ou muito fria  dificulta o sono e sua falta pode levar a  enfraquecimento do sistema imunológico e baixa concentração.

 Dormir em cama com cobertas de lã ajuda a melhorar a qualidade do sono através da manutenção da temperatura constante, o que promove menor esforço do coração, resultando em um  sono profundo mais reparador.




  
Usar lã durante  o ano proporciona conforto, porque mantém a capacidade de ser fresca no verão e quente no inverno. 
No frio das noites  a lã permite que o calor do corpo circule, mantendo-o confortável e acolhedor.

É altamente absorvente,  comparada com fibras sintéticas, absorve  naturalmente  a umidade do corpo no calor mantendo-o fresco e seco.
E impede o sensação de suor ao contrário de quando se dorme só uma coberta de fibra sintética. 

Segurança

A lã  não gera gases tóxicos que causam problemas respiratórios graves e fatais. Ecologicamente correta, a lã é uma fibra, natural, renovável, biodegradável. 

Fibra amigável

A lã é um material ideal para  cobertas de cama  para pessoas com asma e alergias a ácaros. Cobertores de lã são laváveis, não encolhem, são impermeáveis, removem a proteína que atrai poeira e ácaros. Poeira e ácaros prosperaram em condições úmidas, a característica natural da lã de secar rapidamente prova-se também hostil à poeira de ácaros: o ar seca-os e os mata.

Vantagens da Lã

Vantagens da lã como fibra têxtil versátil derivam da sua complexa estrutura  física e química.

 A lã é composta por mais de 20 aminoácidos que formam cadeias longas, ou polímeros, de proteína.

Dois tipos diferentes de células, o paracortex e o orto-córtex, desenvolvem um padrão de saca-rolhas tridimensional, ou cápsula helicoidal  de grande elasticidade. As molas helicoidais das cadeias moleculares da lã contribuem para a resistência da fibra.

                            

 A cutícula externa e as camadas de fibras de epicótilo dá à lã a sua capacidade de verter a água e ainda absorvem  água por vapor.

A estrutura de fibra dá flexibilidade e adaptabilidade a diferentes ambientes.

Devido à sua estrutura complexa a lã possui duas grandes vantagens sobre fibras sintéticas - 
 respira  e possui maior capacidade térmica, acústica e isolante.


                             

                              http://sobreala.blogspot.com.br/p/o-que-e-la.html


 Como isolante  ou estabilizador pode atuar para reduzir os níveis de umidade e condensação - o que foi confirmado em pesquisa realizada pela
                                               Secretaria Internacional da Lã.


Proteção natural contra frio, calor e ruído

Durante séculos, a lã de ovelha tem servido como proteção para condições climáticas extremas e utilizada como isolamento na Europa desde o século XVIII.
 
 A lã é uma fibra natural, ativa e armazena grandes colunas de ar que proporcionam elevada resistência ao fluxo de calor.   

Por que Lã?

  A energia incorporada da lã a torna um dos mais baratos dos materiais isolantes - lã é uma das maravilhas do mundo para o isolamento. 

Economia de energia

Nas regiões de temperaturas extremamente frias o isolamento pode reduzir os custos de aquecimento e refrigeração em mais de 40%.

Um prédio devidamente isolado pode  pagar seu custo em aproximadamente três a quatro anos.
 
Outro sem isolamento exigirá  mais 70% em aquecimento  e maior energia para seu resfriamento do que o outro com parede, teto e piso de isolamento.

 http://www.naturwoll.com/it/naturwoll.php?id=e5010b63c456cadb868e74042e250ecb&lang=it

quarta-feira, 4 de julho de 2012

RESFRIADOS DE CABEÇA


PREVINA-SE,  NÃO   SE  RESFRIE, 

     FIQUE MAIS  ELEGANTE...














Chapéus em feltro artesanal de pura lã ovina de rebanhos do Rio Grande do Sul, design exclusivo, peças únicas.

 Recebo do Dr. Ben-Hur Dalla Porta, médico homeopata,
  artigo sobre  " resfriados de cabeça"

“Uma das causas mais comuns dos resfriados de cabeça provém de que muitas pessoas, principalmente os jovens, saem hoje em dia sem chapéu, mesmo no inverno.

Esses imprudentes resfriam a cabeça e provocam na mucosa do nariz, dos seios da face, da garganta e dos ouvidos, uma verdadeira congestão de reação ao frio. Muitos jovens apanham sinusites rebeldes e teimam em sair com a cabeça descoberta, alimentando assim o mal e arriscando-se a sérias complicações.

Não devemos nunca esquecer que o nosso corpo tem 37 graus, enquanto que o ar exterior, no inverno, é muitas vezes de zero grau. Acresce, ainda, que o vento, mesmo com bom tempo, resfria a cabeça e o rosto. A chuva que seca nos cabelos provoca também resfriamento pela evaporação É, pois, um hábito nocivo sair de cabeça descoberta num clima frio e úmido como o nosso*.

Quando tiver um resfriado, observe cuidadosamente depois que ele surgiu. Certos resfriados são causados pelo frio seco, outros pelo frio úmido, outros aparecem depois de cortar os cabelos ou de andar no vento, alguns surgem depois de ficar com os pés molhados na chuva, ou na neve, que derrete por ocasião do degelo.

Isso pode ter importancia, porque o frio seco pede Aconitum, o frio úmido, Dulcamara, o vento frio, Causticum, a congestão da cabeça pelo frio, Belladonna etc.”

* – NOTA DO TRADUTOR: O autor é belga e refere-se à Bélgica.
in “CONSELHOS AOS DOENTES QUE SE TRATAM PELA HOMEOPATIA” – DOUTOR HODIAMONT

tradução dr. David Castro, publicada em abril de 1965 – dr. David foi médico homeopata e fundador da Liga Homeopática do Rio Grande do Sul

transcrição dr. Ben-Hur Dalla Porta – médico homeopata, ex-presidente e atual diretor científico da Liga Homeopática do Rio Grande do Sulwww.ligahomeopaticars.com.br

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Poulaines X Botas Cowboys Mexicanas


SIM NÓS TEMOS POULAINES


   E com guizos para tilintar.  Pantufas amuletos.




...E  OS  MEXICANOS  FAZEM   UM  MIX 

            MEDIEVAL  X   COWBOY

                  PARA  COMPETIR  E  DANÇAR

Pointy pointy-toe boots

  Jovem mexicano com botas cowboys e calças skinny.         

A imagem do jovem mexicano atual com botas cowboys personalizadas revela similaridades com as poulaines medievais.           


Servants at dinner of chatelaine, or lady of manor with trumpeters in gallery, from Roman of Reynaud de Montauban, 15th century, French (4069-425 / aa334271 © Art Archive, The) Servos no jantar da castelã  ou senhora da mansão com trompetistas na galeria,
               de Roman de Reynaud de Montauban, século XV, França.
                   http://www.superstock.com/stock-photos-images/4069-425

"Poulaines" era um estilo popular de calçados masculinos na Idade Média com pontas que podiam alcançar até 24 centímetros de comprimento.

A ponta das poulaines às vezes eram pintadas em tons de pele, guizos eram adicionados o que, poderia significar talvez, encantamento ou convite sexual.                              

É raro encontrar exemplos de revivals históricos semelhantes na moda masculina à moda feminina.

Embora as mudanças rápidas do vestuário feminino recicle alguns traços insignificantes da moda, a moda masculina peca pela precaução.

Porém talvez possamos aprender sobre uma "micro-tendência" iniciada em 2011 em Matehuala, México.

Jovens mexicanos usam botas cowboys decorativas  com pontas extremamente longas e pontiagudas para danças e competições.

 Esta história foi relatada amplamente na mídia do Reino Unido e on-line. O "The Guardian" apresentou um ensaio fotográfico com slideshow dos calçados.

http://www.dailymail.co.uk/femail/article-1387604/How-Mexican-men-embraced-bizarre-trend-pointed-footwear.html 

Apesar de toda a atenção e zombaria da mídia, a semelhança desses calçados hiperbólicos contemporâneos com os poulaines da Europa Medieval passou despercebida, exceto pela referência aos "sapatos de palhaço."

http://www.guardian.co.uk/lifeandstyle/gallery/2011/may/16/pointy-boots-craze-matehuala-mexico

Estes sapatos se assemelham tanto esteticamente quanto ideologicamente, em certa medida, aos poulaines  ou krackowes que foram ostentados em grande parte por homens elegantes ingleses no século XV.

Se pode comparar as criativas personalizações das botas cowboys mexicanas: couro metálico roxo incrustado com cristais Swarovski pretos .... com as poulaines européias ou scape medievale...

http://champagnemanagement.com/articles/2011/03/15/medieval-masculinity-poulaines/

O vídeo abaixo dá uma visão geral e concisa da tendência e suas ligações com a música e modas de dança, apresenta entrevistas com os usuários e fabricantes das peças.

Há exemplos fantásticos dos sapatos e oportunidades de vê-los em movimento nas competições de dança e em clubes.

                            http://www.youtube.com/watch?v=CEiMA3QtYWc

Como as poulaines medievais se movimentavam nos salões de banquetes  e festas da corte?


  No século XV e nos anos 2000, o comprimento e a forma destes sapatos era sinal de virilidade masculina, e em ambos os momentos, os sapatos são usados com calças leggings
( malha medieval x jeans skinny) o que valoriza o comprimento das pontas das botas.

 
É fascinante não apenas o vínculo com a história, mas também o surgimento e a difusão de uma tendência relativamente obscura que só é  possível graças à Internet.

Pode-se falar em sugestão fálica dos sapatos que era realçada enchendo-se as longas pontas com crina de cavalo ou musgo, para mantê-los firmes.
Podemos presumir que as poulaines medievais sejam os antecedentes históricos das exóticas Botas Cowboys usados ​​pelos jovens mexicanos de hoje?

Pointiest pointy-toe bootsCrazy pointy-toe boots                                                                                       
                                                                                                             
As botas podem ficar ainda mais pontudas algumas podem medir até cinco metros de comprimento e existem competições para determinar quais as mais longas, pontudas ou provocantes.


Fotos de jovens Matehualans de Edith Valle

http://www.wornthrough.com/2011/05/19/exaggerated-mexican-pointed-toe-cowboy-boots-a-medieval-menswear-revival/

sábado, 5 de maio de 2012

MASCULINIDADE X POULAINES

                                                


                                     SAPATOS     SIMBÓLICOS




                                      www.museumoflondon.org.uk/


No século XIII os homens começaram a usar sapatos de bico longos chamados pigaches ou poulaines.

 O estilo se tornou um sucesso instantâneo e a moda durou mais de trezentos anos antes de ter sido proibida.

Durante este tempo, as extensões foram ficando cada vez maiores até serem tão longas que caminhar se tornou quase impossível.

Os jovens enchiam com lã ou musgo as pontas para mantê-las eretas. Tão claramente fálico e longo, logo o estilo incluiu acessórios como uma corrente até o joelho  para fixar as pontas e evitar tropeçar.

A vulgaridade popular era pintar de cor carne  as pontas, e batê-las para cima e para baixo como um pênis real. As atuais salas de fetiche exibem variedade de sapatos datados a partir da antiga cultura normanda de identificação do sapato com o pênis.

Pode-se dizer que no século XIV, os sapatos masculinos se tornaram o símbolo para o pênis.

A aparência do sapato poulaine era talvez menos por acaso e mais a ver com uma crença corrente na época da adoração do falo, de proezas sexuais e também  para as potencialidades do pênis do usuário.


                                                 
                                               http://watlikeselectro.tumblr.com/

Image

                     http://mariakorovilassourcebook.blogspot.com.br/2009_04_01_archive.html


                           http://hemaalliance.com/discussion/viewtopic.php?f=4&t=2001


Guizos pequenos eram muitas vezes colocados na extremidade da poulaine para indicar disponibilidade sexual. Outros acessórios podiam ser tufos de lã ou pompons para estimular a parceira por  baixo da mesa, o que se tornou um passatempo popular.

 Às vezes usado enfaixando os dedos dos pés, o poulaine foi o precursor do tapa-sexo, o qual passou a sinalizar o pênis em uma exposição formal. 

A partir da exagerada representação do pénis em sua forma simbólica, surge o fetiche.
O sapato se torna um pênis ou exibe as potencialidades do pênis do usuário do sapato. Isso pode explicar as excentricidades da glorificada sexualidade masculina de uma forma mais óbvia.

 Os homens ficavam nas esquinas balançando seus pés sugestivamente para as moças que passavam. O fetiche do titilator solitário que mais tarde evolui de um simples anúncio para uma intenção manifesta direta.

Hoje podemos ficar chocados com a ousadia de poulaines mas a Igreja Romana foi consciente da sua importância. Para registrar o seu choque com a obscenidade ostensiva e irreverente do hábito, a Igreja tentou impedir os homens de usá-las.

 Inicialmente, eles foram condenados porque fisicamente os poulaines impediam os homens à oração. Na verdade, enquanto o comprimento do sapato foi apontado como a causa pode ter a ver com a forma como os homens os usavam  firmemente atado aos joelhos. Com tanta força os atavam que  não podiam ajoelhar-se, sem danificar suas leggings. Então estes sapatos foram marcados como maldição de Satanás.


Os professores universitários foram  os primeiros a serem proibidos de usá-los no século XIII.
O clero, então, declarou a Peste Negra (1347) como uma vingança de Deus para a poulaine.
No entanto, o estilo prevaleceu, tornando-se um fetiche, de modo que os sapatos ainda hoje são um substituto, por vezes, para a coisa real.

O comprimento dos sapatos foi mais tarde legislado, mas não por causa da fé ou falta dela, mas em função do status social.

Entre 1327 e 1377, durante o reinado de Eduardo III (1312-1377)  poulaines foram proibidos a todos os que não tinham uma renda de pelo menos quarenta libras por ano.




Privilégio e Moda

Um príncipe poderia usar os sapatos na medida que desejasse,

para um simples plebeu  as pontas não poderiam ter mais de seis centímetros de comprimento ,

para um proprietário de terras (burguês) doze polegadas,

para cavaleiros, um metros e meio,

e para uma barão, vinte e quatro polegadas.

O fim da poulaine foi anunciada por dois episódios:

O primeiro envolveu a morte do duque Leopoldo II da Áustria, que morreu porque seus longos sapatos pontiagudos impediram-no de fugir de seus assassinos.

O segundo foi que Carlos VIII tinha polydactylism ou seis dedos em cada pé, impossível usar polaines. Então a exigência de sapatos de bico quadrado, a nova "moda".

As mulheres do século XV começaram a usar poulaines mas a moda foi de curta duração.
Muitas delas foram perseguidas como bruxas, por usarem roupas incomuns, travestindo-se, e a maneira de usar sapatos de homem ou poulaines foi o suficiente para associá-las à medo e culpa.


ttp://www.kamalounge.in/ift/articles/article.asp?artid=1239&cat_id=24&adult=0

quarta-feira, 2 de maio de 2012

"POULAINES" : DE PERNAS PARA O AR !


"DE PERNAS  PARA  O AR!"


Eunice encomendou "polaines" em feltro artesanal, ao entregá-las, tirei esta foto no Brique do último sábado de abril.
Na verdade ela as usará como pantufas, em casa.




"Polaines" são os sapatos pontudos usados na Idade Média que foram minha inspiração para criar estas e as outras peças. 
A técnica é a feltragem manual, felting, ou filzen  "moldando" a lã em uma peça inteira, sem costura.




Eunice literalmente de "pernas para o ar".
Aproveitando a vida!


Peça com lã crioula, raça ovina autóctone do Estado do Rio Grande do Sul, descende dos primeiros rebanhos trazidos por jesuítas espanhóis e cruzados com os rebanhos trazidos pelos primeiros colonizadores portugueses no século XVII.
Foi minha primeira peça inspirada nas "poulaines."

                                                        Coleção Inverno 2012




A história das poulaines na Europa Medieval ...

                                            Poulaines usadas na Borgonha, 1470


Crakows ou crackowes foi um estilo de sapatos com pontas extremamente longas muito popular no século 15.
Foram chamados assim porque o estilo pode ter origem em Cracóvia, a capital da Polônia. 
Começaram no final do século 14 e saiu de moda depois de 1480-90. Eram usados ​​por homens e mulheres, mas os masculinos eram os mais extravagantes.

 
Às vezes, na ponta da  "poulaine"  era necessário o apoio de uma barbatana de baleia ou uma corda amarrada a perna (abaixo do joelho) para seguraar a ponta ao andar. Modelos da
 Londres medieval tem as pontas recheado com musgo. Plataformas de tamancos ou sandálias eram geralmente usadas embaixo. 

O Preço da vaidadeO Papa e o rei Henrique IV de Inglaterra tentram acabar com esta prática.
O historiador John Stow escreveu no final do século 16 que:
 
" Em Distar Lane, se localizava a associação de  oficinas de  Cordwainer (Shoemaker), no ano do reinado de Henrique IV.
 Desses Cordwainers, eu li, que, desde  Richard II   pelo seu exemplo os ingleses usaram sapatos pontudos, presos aos joelhos, com cordões de seda ou correntes de prata ou dourada.

 No reinado de Edward IV foi ordenado e proclamado, que pontas nas extremidades de sapatos e botas, não deveriam passar do comprimento de duas polegadas, (5cm) sob pena de maldição pelo clero e pelo parlamento para pagar 20 xelins para cada par.
 E  qualquer homem ou mulher que as usasse no domingo, dia de descanso, deveria pagar 30 xelins."
 

Poulaine do sapateiro de Archeon

Em 1475, a moda estava em seu auge.
Leis tentaram definir o comprimento dos sapatos  por classe. À nobreza seriam permitidos dois metros de comprimentos, comerciantes e camponeses a permissão era restrita à metade.

Na Batalha de Nicópolis em 1396, os cruzados franceses foram forçados a cortar as pontas de seus poulaines, a fim de serem capaz de fugir.